BRAHMS

Nasceu em em 7 de maio de 1833, em Hamburgo, Alemanha. Faleceu em Viena, Áustria, em 3 de abril de 1897.
Na mocidade foi romântico, mas poucas obras românticas subsistem porque Brahms tinha o hábito de destruir os originais que não resistiam à sua severa autocrítica. Calcula-se que só possuímos a metade daquilo que escreveu.
Em sua segunda fase, decididamente não-romântica, seguiu, como modelo, o Beethoven da segunda fase. Música instrumental absoluta, evitando inspirações e alusões poético-literárias. É a música do classicismo vienense ressurgindo em plena metade do século XIX, embora diferente, pelo espírito sombrio de Brahms. É uma sucessão de obras-primas.
A última fase de Brahms caracteriza-se por efusões rapsódicas, o emprego de recursos pré-clássicos e formas de Bach.
Ele apenas não escreveu óperas.
Sua linguagem musical é original, específica. Sua música é caracterizada pela fusão do
liedmelódico e da polifonia instrumental, através de uma rigorosa construção arquitetônica, conforme os princípios de Haydn, Mozart e Beethoven. Não tolera a improvisação nem os isoláveis "trechos brilhantes". A emoção profunda, sim, mas em forma estrita.
Esse "formalismo" dificulta o acesso à sua música para todos os que só costumam ouvir com o coração. Para os ouvintes não-alemães há mais uma dificuldade: o germanismo muito mais acentuado que o do nacionalista Wagner. Sempre se interessou pelo folclore musical. Esse germanismo dificultou, durante muito tempo, a difusão de sua música no estrangeiro.
Na Alemanha, o wagnerianismo vitorioso o hostilizou de todas as maneiras. Mas enfim, tanto a Áustria como a Alemanha acabaram por se render a Brahms.

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